Editorial
A existência do inconsciente coletivo não é derivada de experiências individuais, tal como o inconsciente pessoal trabalhado por Freud, embora precise de experiências reais para poder se manifestar.
Tais traços funcionais do inconsciente coletivo foram chamados por Jung de arquétipos que não seriam observáveis em si, mas apenas através das imagens que eles proporcionam.
Fosse uma imagem, Sexta-Feira 13 poderia ser um apanágio iconográfico como é Pinóquio, como é Branca de Neve e como são outros tantos personagens do nosso (in)consciente coletivo.
Com base na psicologia junguiana e na informação de que o Blog do Paulo Henrique Amorim, em três meses, cresceu 30% em audiência, o Blog do Corretor criou, estrategicamente, um factóide a fim de mexer com o inconsciente coletivo dos corretores de seguro e, como dizem por aí, bombar na audiência.
Vivemos num mundo dual. Com a Crônica do dia 13 , conseguimos criar um espectro, e, com isto, despertar a curiosidade dos leitores. Por outro lado, como um bom remédio que serve para curar uma grande doença e que pode ter efeitos colaterais, o nosso factóide despertou o imaginário coletivo e alguns leitores acreditaram na “fábula” a ponto de incrementar, com a sua própria imaginação, outros acontecimentos do mundo surreal.
Dos 26.900 acessos, que constavam na tal Sexta-Feira 13, hoje, quarta-feira, 18, 15h28m, o Blog atingiu o recorde de 27.410 acessos. Não é um aumento de audiência que se assemelhe a do PHA, mas é um sinal de que a nossa estratégia funcionou.
Se esta foi uma grande sacada ou uma grande gafe do Blog do Corretor, não é isto que está em questão neste momento. É importante lembrar, também, que, como um romance épico que mistura ficção com fatos históricos, a nossa fantasiosa estória (com "e"), contém pontos de vista (políticos, religiosos e filosóficos) que fazem e farão parte da linha editorial do Blog do Corretor, como o alicerce de uma sofisticada arquitetura.
Nas campanhas políticas, por exemplo, é comum um candidato usar o horário eleitoral para lançar um factóide a fim de subir nas pesquisas e, apesar de sempre dar certo, às vezes é um tiro no pé. Foi assim com Fernando Henrique Cardoso, quando se declarou ateu e foi varrido, para fora da campanha à prefeitura de São Paulo, pela vassoura do maquiavélico Jânio Quadros.
Até o momento, o resultado está sendo positivo (a audiência subiu), exceto comentários fantasiosos que foram removidos em respeito àqueles que não querem compartilhar com a imaginação fantasiosa de outrem.
É importante dar como exemplo, também, o caso do cenarista Orson Welles, que, em outubro de 1938, propôs à uma rádio, uma transmissão diferente: Uma adaptação de A Guerra dos Mundos. A obra é um dos livros de ficção científica mais famosos do escritor H. G. Wells. Na época de sua publicação, foi considerado perigoso, pois poderia causar fobia nos leitores.
Depois de passar 15 dias convencendo a direção da Rádio a não colocar a locução na programação do dia, a transmissão foi ao ar às 20h do dia 30 de outubro daquele ano.
Depois das previsões meteorológicas, a rádio começou a tocar música. Houve uma interrupção brusca e o locutor disse: “A CBS interrompe seu programa para anunciar aos ouvintes que um meteoro de grandes dimensões caiu em Grovers Hill, no Estado de Nova Jersey, há algumas milhas de Nova Iorque”. A música voltou e novamente foi interrompida para a entrevista com um professor de meteorologia sobre a origem dos meteoros. Em seguida entrou no ar um repórter falando sobre o meteoro e os muitos curiosos ao redor.
Então, o enviado especial começou a descrever o meteoro se abrindo e dele saindo seres gigantescos com tentáculos. De repente, ele foi morto por um raio disparado pelos seres extraterrestres.
Enquanto isso, em Nova Iorque e em outras regiões próximas, quartéis dos bombeiros, postos policiais, hospitais e redações de jornais foram invadidos por multidões. Eram as pessoas alarmadas. Naquela época a Europa tinha sinais de guerra e os americanos temiam uma invasão. Cinquenta mil pessoas fugiram de suas casas em busca de abrigos naturais. Outras tantas, histéricas, foram levadas ao suicídio.
Logo a transmissão chegou ao fim e o locutor disse: “Vocês acabaram de ouvir a primeira parte de uma transmissão de Orson Welles, que radiofonizou A Guerra dos Mundos, do famoso escritor inglês H. G. Wells.
Durante todo esse tempo, Orson Welles esteve na Flórida, bebendo uísque e ouvindo a transmissão com amigos, sem imaginar que a brincadeira levara muitas pessoas ao desespero total.
Depois desse episódio, que virou manchete nos jornais do mundo inteiro, ele se tornou famoso.
Assim, da mesma forma que Sexta-Feira 13 passou, estamos convencidos de que, com este editorial, o equívoco que o Blog do Corretor criou na cabeça dos leitores, também passou.
Queremos atingir a audiência do Paulo Henrique Amorim e até superá-la, por que não? Mas será com fatos concretos, pelo menos quando a matéria estiver no espelho do Blog e assinada por ele.
O Blog do Corretor deseja sucesso a todos!
A todos mesmo, sem exceção!!
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