Nesta edição, publicaremos, como prometido, a segunda parte (e última) da entrevista com Altair Pedro, diretor da Med Company.
Na sequência, faremos comentários (com ilustrações) sobre jantar que a Corretora ofereceu aos seus colaboradores, cumprindo assim a promessa de premiação aos que atingiram suas metas.
O Hasbaia Clube, onde foi oferecido o jantar, é uma mansão com mais de 150 anos, tombada pelo patrimônio histórico.
Suas paredes são inteiramente desenhadas à mão, os salões são separados por portas articuladas com vidros bisotados e mobiliados com madeira de lei maciça do século XIX.
Enormes vitrais coloridos, e gigantescos lustres, decoram os amplos salões.
Mas, antes de mostrar o jantar, vamos conhecer o final da entrevista com Altair Pedro e satisfazer a curiosidade daqueles que estão ansiosos pela resposta dele sobre a última pergunta da primeira parte da entrevista: "A Amil é um monstro grande e pisa forte"?
A.P.
[Após alguns segundos de silêncio...] Olha, eu não vou dizer que é um monstro grande. A Amil é uma empresa muito importante que detém 11% da população que tem plano de saúde no Brasil. Quando você fala de associado, não é? Mas ela veio trabalhando para isso. Ela veio buscando solidez, veio buscando gestão. Tanto é que a Amil era a única que trabalhava o CPT (Carência Parcial Temporária) com menos carência(!) O PRC da Amil não era 720 dias, era algo em torno de 18 meses, outros de 10 meses... Mas ela é uma empresa muito forte, hoje. É a maior operadora com 5 milhões e 200 mil usuários...
B.C.
E por isso pisa forte, não é? [risos]
A.P.
É, na realidade ela tem condições de impor algumas situações. Mas ela também é parceira. E ela está buscando. Mas o importante disso... não é só pensar que a Amil é a maior. As que ficaram, por exemplo: a Golden Cross, o sistema Unimed, o grupo Intermédica/NotreDame... As que ficaram também têm o seu espaço hoje perante o corretor. Elas vão estar vendendo (sic), sim. Agora... lógico, as coisas vão acontecendo, modificando o mercado, diminuindo as operadoras... As aquisições que vêm acontecendo, nada mais é (sic) do que toda essa questão da ANS de impor situações. A operadora não tem condições de cumprir, de continuar atuando, aí ela abre para a venda.
B.C.
Quando nós ouvimos essa explicação, que é até matemática, aí fica mais fácil de entender o papel da Amil. Mas, por outro lado, isso tem um efeito colateral que também atinge diretamente o corretor, que vai ficando sem espaço no mercado e vendo o seu comissionamento minguar, porque a Amil torna administrativas todas e quaisquer vendas oriundas de uma das empresas do seu conglomerado. Isso está se tornando complicado para o corretor. Agora, nós entendemos e admiramos a extraordinária capacidade administrativa da Amil, sobretudo quando observamos sob a perspectiva dela própria.
Mas... o senhor falou aí em Unimed, Golden Cross, e eu aproveito para perguntar algo que me veio à cabeça:
A Unimed foi assediada pela pela Qualicorp para algum projeto? Ou a Golden Cross?
"... E a Med Company gosta de trabalhar com os pés no chão. A Toyota, por exemplo, quem diria que um monstro como essa marca japonesa teria problemas. E teve. Então, não é bem assim. Precisamos ir com passos curtos, mas firmes".
A.P.
No mercado as operadoras estão aí sendo assediadas por... não só pela Qualicorp, pela Divicon... entre outras. Géia, Padrão, Med Company, enfim. Todas buscam alternativas, não é? Porque hoje você não consegue trabalhar só com uma operadora.
B.C.
Mas a Priority continua com carteiras muito fortes da Unimed e Golden Cross, não é?
A.P.
Continua. Nossa carteira está com a Unimed muito firme. A Golden Cross também. Nossos corretores estão com nossos produtos que a gente lançou e tem um bom percentual também na Golden Cross. E estamos buscando novos contratos, novas operadoras. Isto é fato.
B.C.
Esta seria mesmo uma das últimas perguntas: Há, então, a intenção de aumentar o leque de produtos?
A.P.
A Med Company sempre trabalhou com adesão. A Golden Cross, por exemplo: A Golden Cross foi um projeto que nós iniciamos... inclusive no início outros grandes administradores diziam que seria o mico do mercado. E não foi(!) Conseguimos dar resultado no produto, a operadora voltou a se estabelecer no mercado de São Paulo - ela atua mais no Rio de Janeiro, não é? -, passou a ter espaço no estado de SP. Mas também estamos vendo negócios com a Amil, com a NotreDame, estamos vendo parcerias.
Como o momento é ANS, o momento é Resolução, as operadoras estão ainda na fase de espera e não estão soltando novos projetos. Está todo mundo analizando, customizando... Porque se tiver hoje um preço que não seja compatível com o projeto, então esse projeto tem de ser realinhado. É o que está acontecendo. Então, hoje a Med Company não só vende planos de saúde, mas atuamos em outros ramos como: seguro de automóvel, vida, previdência, empresarial, patrimonial... Na questão administrativa, a gente está conquistando espaço também em outros estados. Porque, como a ANS coloca dois modelos de trabalho (inaudível) ou representante de uma associação ou federação ou sindicato, abriu-se um leque de mercado muito grande. Tanto aqui em São Paulo quanto em outros estados. A entidade se pergunta: Onde eu vou encontrar uma administradora? Então, aí é que está tendo um novo nicho de mercado. Mediante a isso, como nós já temos a nossa administradora desde 2005, a gente está na ANS como tem de ser, então nada mais justo do que a gente participar desse mercado como todo mundo pode participar. Pelo menos os que são competentes.
B.C.
Como profissional da área, um diretor experiente, qual a sua perspectiva para esse mercado de planos de saúde no Brasil, levando em conta a atual conjuntura político-econômica?
A.P.
O mercado continua promissor. Você ouve: "não sei quem comprou fulano", "quantos milhões pagou"? Então, esse mercado movimenta muito dinheiro. E... embora tenha Resolução, volto a repetir: a ANS tinha de atuar também na questão dos custos hospitalares para trazer um equilíbrio entre despesas e receitas, senão não dá lucro para ninguém. Mas ainda há muito espaço para venda. Nós temos muita gente aí em outros estados que não tem expertise em profissionalizar(!) Não só as Corretoras, as administradoras, as operadoras, mas, principalmente, os corretores.
B.C.
Concordo plenamente.
A.P.
Hoje o corretor tem de pensar a médio e longo prazo. Ele não pode mais pensar só no dia. "Ah, hoje eu ganhei a minha comissão e tudo bem". Ele tem de se especializar para trabalhar o cliente. Então ele tem de estudar, conhecer a ANS, conhecer os produtos, conhecer as Resoluções... Acho que o papel do corretor vai continuar sendo fundamental, mas aquele corretor que estiver preparado, aquele que se especializar, mediante a ACOPLAN, mediante a SUSEP, mediante a cursos... Já existe até cursos universitários formando corretores(!) A tudo isso o profissional pode ter acesso, sem falar na Internet.
B.C.
Então, num futuro breve, aquele corretor que não estiver preparado, reciclado, vai ser retirado do mercado num processo de seleção natural?
A.P.
Todas as profissões são assim, não é? Você precisa se atualizar. Eu digo com muito orgulho e isso tem de ser publicado: Eu costumo dizer que o corretor, o vendedor é a profissão mais maravilhosa do mundo porque nenhuma empresa existe sem a atuação do vendedor. Esteja ele vendendo pela Internet, tête-à-tête, pelo telefone, no pê-a-pê... olha, não interessa. No mundo corporativo, qualquer empresa do mundo precisa de um vendedor.
B.C.
Esta foi a parte da entrevista que eu mais gostei. [risos] O corretor deve ser respeitado, valorizado, compreendido, reconhecido... e já que o senhor fez essa deferência ao profissional de vendas, pergunto: O senhor pode nos dar um exemplo do que a Med Company tem feito de bom para o corretor que comercializa os seus produtos?
A.P.
Olha, nos premiamos, como já falei anteriormente, mas respondendo à sua pergunta, eu posso dar um exemplo, sim. Se na próxima sexta-feira for dia de pagamento de comissões, o nosso corretor pode entrar no site da Med Company, na quinta-feira, um dia antes, portanto, e consultar o seu extrato de comissionamento. Eu não conheço outra Corretora que ofereça esta ferramenta para o corretor. Adotamos esse sistema pensando no bem-estar do profissional.
B.C.
Para finalizar com a nossa pergunta clássica: Como o senhor vê a ideia do Blog do Corretor
A.P.
A ideia do Blog do Corretor(!) Eu acho que... assim: É... a nível de (sic) informação, o Blog do Corretor é, sem dúvida, uma ferramenta importante hoje porque o corretor precisava de um canal de informações, através do qual ele pudesse se expressar, não é? E também das informações do que está acontecendo no mercado. Então a ideia do Blog do Corretor, com a função de mostrar como é que anda o mercado, divulgar campanhas das Corretoras, das operadoras, mostrar como é que está a Resolução da ANS, mostrar tudo o que acontece no nosso segmento - que é o que interessa -, o plano de saúde, o seguro saúde, a venda, o corretor, a cobertura das festas, dos jantares... eu acho tudo muito positivo. Tanto é que vocês estão aí há um ano, um ano e meio, não sei (Nota do Blog: estamos aí há um ano e três meses), mas a gente vê muitos parceiros, muitas Corretoras divulgando suas campanhas, seus produtos, expressando seus anseios, seus desejos e até mesmo suas angústias, enfim, participando do Blog do Corretor. Essa interatividade é muito positiva. Nós já fazemos isso através do nosso próprio canal, mas isso é um veículo só da Med Company. Agora tem... não vou falar célula, também não posso dizer que é uma empresa (risos), mas... um outro canal de comunicação que chega ao corretor de forma independente, sem a chancela de uma Corretora, não è? É feito pelo corretor para o corretor. Isso é muito bom.
B.C.
Somos muito gratos pelo tempo que o senhor reservou para a nossa entrevista, que, aliás, ultrapassou o tempo do seu horário de trabalho.
A.P.
Essa é uma informação que nós temos de passar: Nós trabalhamos dentro da nossa realidade. Temos grande apreço ao profissional de vendas, repito. As portas estão sempre abertas para recebê-lo, para cumprimentá-lo, para tirar dúvidas, estamos sempre à disposição. Mesmo porque eu também sou um vendedor. E a Med Company gosta de trabalhar com os pés no chão. A Toyota, por exemplo, quem diria que um monstro como essa marca japonesa teria problemas? E teve. Então, não é bem assim; precisamos ir com passos curtos, mas firmes.
B.C.
Desejamos muito sucesso para a Med Company/Priority, para os seus corretores e sobretudo para as suas atribuições nesta que é, indubitavelmente, a segunda maior Corretora de planos de saúde por adesão.
Muito obrigado pela entrevista.
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Entrevistado: Altair Pedro
Corretora: Med Company
Entrevistador: Blog do Corretor
Fotografia: Geferson Pelentier
Agradecimentos: Ivani Kohara
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E foi no requintado Hasbaya que aconteceu o jantar que reuniu 120 pessoas, entre funcionários e corretores.
Como sempre ocorre nesses eventos, uns aplaudiram e outros foram aplaudidos.
Marcos (mkt), Beatriz (gestora), Altair, Adriana (supervisora) e Eduardo
Atentem para os pés da Leiva que se jogou no salão ao som de "Um sonho a mais não faz mal"
Geferson (Corretor), José Roberto (convidado), Lia Figueiroa
Alessandra Reis (ger. operacional), Lia Figueiroa, Rogério (cobrança), Milene Fernandes (SAC), Edilson (informática)
Adriana (sup. ABC) Evandro Monteiro (coord. seg. gerais), Beatriz Camargo (gestora), Lia, Eduardo (coordenador), Ana Lúcia (supervisora), Edson e Altair.
Ana Lúcia e Edson
Relação dos premiados por ordem de colocação:
1º - Sônia Aparecida Delfino Pereira - (ela, de novo, outra vez, novamente!)
2º - Ana Paula Amorim da Silva Destito
3º - Daniela Lorenzi
4º - Sílvia Ferreira dos Santos
5º - Cassio Alexandre do Carmo
6º - Maria Aparecida da Silva
7º - Márcia Maria dos Santos Reis
8º - Ana Paula Cardoso
9º - Alexander da Cunha Monteiro
10º - Adriana Petratti
11º - Edinorma da Silva Leite
12º - Sueli Rizzi
13º - Kleber da Cunha Monteiro
14º - Cláudio Soares Gomes
15º - Antônio de Jesus Santos
16º - Elenice Lamounier Lasmar
17º - Reinaldo José Penteado da Silva
18º - Glauco Vinissius Birochi
19º - Valdirene Aparecida de Couto Perez
20º - Raimundo Carlos de Moraes
21º - Izabel Aparecida Vertino
22º - Ana Lúcia Alves Bisera
23º - Noely do Rocio Soares
24º - Danilo Aires
25º - Walace André Paiva
26º - Janete Ferreira Lorena
27º - Daniel Nogueira Martins
28º - Rodrigo Fernandes Faria
29º - Josineide Francisca Santos
30º - Maria Anita Neves
31º - Maria José Freitas Alves
Marcos, Beatriz, Eduardo, Adriana e Edson
Beatriz, Ana Lúcia e Adriana
A Cia de Vidas nos enviou sua campanha, mas ainda não conseguimos agendar com o Galvão para a entrevista já prometida ao Blog do Corretor.
Ontem, marcamos presença na festa de lançamento da Qualicorp, ops, perdão, da Qualitek.