A Revolução

Nesta data, 9 de Julho, comemoramos a Revolução Constitucionalista de 1932, movimento armado ocorrido no Brasil entre os meses de julho e outubro de 1932, através do qual o Estado de São Paulo visava a derrubada do governo provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova Constituição para o Brasil.


Foi a primeira grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas e o último grande conflito armado no Brasil. Ainda bem!


No total, foram 87 dias de combates (de 9 de julho de 1932 a 4 de outubro do mesmo ano - sendo o último, dois dias depois da rendição paulista), com um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas, não oficiais reportem até 2.200 mortos.





DIRETO DA FONTE

E revolução não existe somente entre povos e governos. Existem revoluções também na economia, na cultura, no mercado de planos de saúde e até nas informações.

E foi justamente pelas informações duvidosas, que circularam no mercado, a respeito da Unimed Paulistana, que o Blog do Corretor se comprometeu em buscar a verdade diretamente da fonte, para com isso sepultar definitivamente o que é boato e trazer à luz o conforto da verdade que pode até revolucionar, mas que será sempre melhor do que a mentira.

O PRIMEIRO CONTATO

Designado, pelo Blog, para fazer contato com a assessoria de imprensa da Unimed Paulistana, este blogueiro-colaborador foi atendido pela simpática Tânia Bernucci, que, por telefone e com muita boa vontade, reagiu a todas as nossas perguntas, com respostas esclarecedoras, ratificadas dois dias depois pela superintendente comercial, Ivone Mendonça, com quem tive uma coversa pessoalmente.

O ATRASO

Passavam 20 minutos do horário marcado (13h desta quarta-feira, 08), quando cheguei à sede da Unimed Paulistana para a aguardada primeira entrevista do Blog do Corretor.

Ivone Mendonça é uma mulher que encanta. Sorridente, bem humorada, solícita e bem informada, Ivone nos recebeu em sua sala muito bem iluminada pela luz natural que atravessava os translúcidos vidros das amplas janelas.

Com ela, à minha espera, também estava o doutor George Mota, médico cardiologista, mas que declinou da sua formação acadêmica para se dedicar a função administrativa na Unimed.

Antes de o Blog fazer qualquer pergunta para Ivone Mendonça, tive de responder a ela qual era a proposta do Blog do Corretor. Após um breve arrazoado sobre o compromisso deste veículo, começamos a conversa.


A ENTREVISTA

BLOG DO CORRETOR
A nossa primeira pergunta (e não poderia deixar de ser a 1ª) é sobre o descredenciamento da Unimed Paulistana. O que está acontecendo de fato?

IVONE MENDONÇA - (Superintendente Comercial da Unimed Paulistana)
É importante ressaltar que nós temos um local que chama Casa de Apoio ao Corretor que fica aqui mesmo na Brigadeiro - depois a gente pode até ir lá num outro momento para eu mostrar para você como funciona - (a superintendente falava sobre o telefone de apoio ao corretor cujo número já foi divulgado aqui), através do qual a Unimed recebe em média 12 mil ligações/mês de corretores, sempre em busca de informações sobre, proposta, carteirinhas... E nunca sobre descredenciamento, porque talvez o corretor não acredite na isenção do canal. E eu falo 12 mil porque acabei de fechar relatório e o número de ligações aumentou porque nossas vendas também aumentaram.

"Mas tudo o que a Unimed faz, e fez neste caso específico do descredenciamento de 49 prestadores de serviços, não foi feito de forma aleatória. Ao contrário, foi levando em conta as regras estatutárias sob as quais é regida a Unimed Paulistana como cooperativa".

B.C.
E quanto ao descredenciamento?

I.M.
Com relação a esse descredenciamento eu penso que isto chegou aos corretores por intermédio de alguns clientes. Clientes esses que não abriram mão da Ortocity, por exemplo. É lógico, o cliente tem a preferência, mas a gente sabe que ele não compra um plano de saúde baseado num local. Mas tudo o que a Unimed faz, e fez neste caso específico do descredenciamento de 49 prestadores de serviços, não foi feito de forma aleatória. Ao contrário, foram levandas em conta as regras estatutárias sob as quais é regida a Unimed Paulistana como cooperativa. Esses que foram descredenciados receberam a proposta da Unimed para tornarem-se cooperados. Não aceitaram. E descredenciar foi uma medida tomada pela Unimed para se manter rigorosamente dentro da lei. Eles não gostaram, obviamente. Estão perdendo muito dinheiro. No mais, nós tiramos 49, mas credenciamos 500 novos prestadores de serviços. E quando uma operadora está com problemas financeiros, a primeira medida que ela toma é descredenciar hospitais. Não foi o nosso caso.

B.C.
E o Santa Catarina, por que vai ser descredenciado a partir de 20 de julho?

I.M.
Espere aí, não é bem assim. O hospital Santa Catarina vai entrar em reforma, e, por isso, vai reduzir o seu espaço de atendimento. Temos carta do hospital informando - esta foi uma medida tomada pelo hospital e não pela Unimed - que não atenderá os associados da nossa cooperativa a partir do dia 20 de julho, somente - eu disse somente(!) - para os casos de P.S. na categoria Pleno e similares; ou seja, enfermaria. Nas demais categorias, para internações eletivas, o Santa Catarina continua atendendo pela Unimed Paulistana, normalmente. Aliás, a mesma medida o hospital tomou em relação ao Bradesco, Sul América...

"Quanto menos informações as pessoais têm, mais elas produzem informações distorcidas".

B.C.
Esta é mais uma informação extremamente importante. Eu não sabia.

I.M.
Pois é, e esta suspensão, determinada pelo hospital, é temporária. E ele tem o direito de fazer isso. Está em contrato - obrigada, Cláudio! (disse Ivone para o rapaz que entrou na sala trazendo nas mãos uma bandeja com água e café e continuou). Como vê, nada tem a ver com a saúde financeira da Unimed Paulistana, que, aliás, vai muito bem.

B.C.
E por que, então, está sendo, nos últimos dias, veiculado pela imprensa a notícia de uma suposta dívida da Unimed Paulistana com a Receita?

"De novo, acho que o mercado vai mudar por "n" questões. A partir do momento em que a Amil, por exemplo, que está comprando vidas, etc. e tal, eu não tenho dúvida nenhuma de que é ela quem vai ditar as regras".

I.M.
Esta é uma outra questão simples, mas que tem gerado muita confusão. Vamos lá.
Antes desta atual diretoria assumir, faz dois anos, a Unimed era administrada por outra que dirigia a cooperativa havia 20 anos e, apesar de ter construído uma grande empresa, construiu também uma suposta enorme dívida com a Receita. E eu digo suposta porque a Receita entende como uma dívida o que a Unimed entende como bitributação.
O médico cooperado paga imposto como profissional liberal e paga também como cooperado. A diretoria passada, entendendo ser esse um caso de bitributação, optou por não pagar e acumulou essa dívida que está sendo questionada hoje pela Unimed e que a justiça decidirá se deve ou não ser paga. Se a justiça entender que devemos pagar, a Unimed tem ativos para isso.

B.C.
E hoje, a atual diretoria também entende que o médico cooperado é penalizado no sistema de bitributação e...

I.M.
Não, mesmo ainda entendendo que o médico cooperado incorre nesse processo de bitributação, tudo está sendo rigorosamente recolhido.

"Tem o corretor que trabalha, que faz uma venda consciente, acho que esse corretor deve ser remunerado com performance e acho que ele deve receber também por uma venda acima de 60 anos".

B.C.
Olhando para o passado, como era o mercado de planos de saúde, e observando o presente, como é hoje, de que forma você acha que estará este mercado daqui a 10 anos?

I.M.
(Após uma breve pausa, movendo os olhos como quem busca uma resposta, respondeu sinceramente) Não sei! - e continuou - A gente tenta, como profissional, enxergar o mercado dia-a-dia e ter a capacidade de mudar quando necessário... (Neste momento o celular tocou pela segunda vez e Ivone pede licença para atender um dos diretores da Unimed. De volta, continuou) Enfim, eu acho que a gente tem de ter essa mobilidade. Hoje, por exemplo, quem é que dita as regras? Para mim é a economia e a ANS...

B.C.
Você acha por exemplo que num futuro breve os planos individuais serão substituídos pelas apólices por adesão?

I.M.
Sim...

B.C.
Você acha, então, que a Unimed vai abraçar esse modelo de planos por adesão?

I.M.
Sim! Nós temos uma carteira muito grande dos produtos por adesão. E temos interesse também em permanecer com o pessoa física; isso foi ratificado ainda esta semana.

B.C.
Ah, então o interesse não é só de produtos por ades...

I.M.
Não, não, inclusive eu tenho como comprovar isso que uma não absorve a outra. São segmentos diferentes.

B.C.
Agora uma pergunta delicada. O calcanhar de Aquiles dos corretores.
Você acha justo as operadoras não comissionar o corretor que vende para pessoas acima de 59 anos?

"Mas, eu acho que o mercado deveria selecionar o corretor. Se o mercado fosse melhor selecionado, também seria melhor remunerado, sem dúvida nenhuma".

I.M.
(Mais uma breve pausa). Olha, eu acho que ele deve receber, sim! Mas eu também acho que o corretor tem de parar de brincar com o cliente e ficar mudando de um plano para outro. É aquilo que eu te falei, tem corretor e corretor. Tem o corretor que trabalha, que faz uma venda consciente, acho que esse corretor deve ser remunerado com performance e acho que ele deve receber também por uma venda acima de 60 anos. Mas aí a gente tem de selecionar os corretores, porque no dia-a-dia eu tenho problemas com corretores. Mas, eu acho que o mercado deveria selecionar o corretor. Se o mercado fosse melhor selecionado, também seria melhor remunerado, sem dúvida nenhuma.

B.C.
Falta então uma entidade que nos represente, uma liderança que interceda pela categoria.

I.M.
Mas... e a Acoplan? (Neste momento o entrevistador virou entrevistado)

B.C.
A Acoplan existe teoricamente como Associação dos Corretores, mas na prática é Associação das Corretoras. A Acoplan é patronal. É por isso que os corretores não têm rumo. Com isso, perdem os corretores que estão vendo suas comissões minguando e perdem as Corretoras que têm de lidar com certos tipos de vendedores.
Mudando de assunto:
Nós temos consciência de que nem tudo o que é discutido nos bastidores de uma empresa, deve ser revelado; todavia, dentro daquilo que você pode falar, pergunto: houve uma costura de bastidores para que esse não comissionamento das vendas feitas para quem tem mais de 59 anos, fosse adotado por todas as operdoras ao mesmo tempo?

I.M.
Não, não, absolutamente!! Primeiro porque não foram todas de uma só vez e segundo, nós pagamos a primeira mensalidade para o corretor.

B.C.
(Fiquei meio confuso e insisti): No caso de uma venda do produto Unimed Paulistana feita para uma pessoa com 78 anos, por exemplo, o corretor ganha a primeira parcela?

I.M.
Ganha, sim. O primeiro cheque fica com o corretor. Claro, você tem de ter consciência, mas a partir do momento que você trabalha com um grupo de corretores, limita a sua área de ação com um número menor de corretores e que começa a ter um laboratório... até pode acontecer: olha, ele vendeu para uma pessoa acima de 60 anos, não vai levar o primeiro cheque, até pode remunerá-lo de outra maneira: dá um plantão para ele, uma indicação, que é o que a gente faz... Então a partir do momento que você vai selecionando, você pode trabalhar diferente com esse profissional. De novo, acho que o mercado vai mudar por "n" questões. A partir do momento em que a Amil, por exemplo, que está comprando vidas, etc. e tal, eu não tenho dúvida nenhuma de que é ela quem vai ditar as regras. As corretoras sabem disso e têm uma proximidade melhor conosco, sabem a força que a Amil é, mas tem outra coisa que é a forma de lidar. A gente remunera o corretor também com um plantão, com uma indicação, porque a gente não tem o poder financeiro que tem a Amil ou a Medial, por exemplo. As Corretoras nos veem dessa maneira, hoje.

B.C.
Quando você revela que há uma tendência de a Amil, num futuro breve, vir a ditar as regras do mercado, você se refere às regras do relacionamento das operadoras com o corretor?

I.M.
Sim.

B.C.
Quer dizer que, em vez de uma entidade de classe - que não existe, diga-se de passagem - representar a categoria dos corretores, é uma operadora quem vai determinar o jogo?

I.M.
Ela está comprando vida. Ninguém é tolo ao ponto de achar que a Amil que está há dois anos comprando vida, pagando o que ela está pagando, porque ela gosta... Esta é a minha visão. É bolsa de valores, gente: quando você ganha muito de um lado, vai estourar do outro.

B.C.
O valor que o médico paga para tornar-se cooperado é mesmo de 40 mil Reais?

I.M.
É. Obviamente que este valor é parcelado, conforme a projeção que é feita dentro do número possível de atendimento.

B.C.
Eu gostaria de saber o que você acha da proposta do Blog do Corretor.

I.M.
Olha, pelo que você passou eu achei excelente! Foi o que eu falei para você ontem por telefone: Quanto menos informações as pessoais têm, mais elas produzem informações distorcidas. Se o Blog se propõe a essa missão que você falou, de informar, de orientar, de sugerir e até mesmo de entreter, eu só posso é parabenizar pela ideia.

B.C.
A Unimed, então, apoia a iniciativa do Blog do Corretor?

I.M.
Com certeza, sem nenhuma dúvida. Não tem como ser diferente!

B.C.
Para finalizar, eu estou precisando de um plano de saúde. Você venderia Unimed Paulistana para mim?

I.M.
Sem dúvida, venderia, sim(!) É um pouco de pleonasmo, mas nós temos um produto muito bom. Muito bom. Quando eu digo produto bom, é de fácil acesso... Eu tenho 23 anos de mercado. Quando eu cheguei aqui eu disse: nossa, é aqui mesmo. O produto é excelente. Venderia sem dúvida nenhuma.

B.C
Muito obrigado pela atenção.

COMENTÁRIO DO BLOG
Realmente foi um momento muito agradável. A Superintendente Comercial, Ivone Mendonça, e o doutor George Matos, foram extremamente simpáticos e a nossa entrevista, apesar da minha gagueira (ouvindo a gravação enquanto transcrevia, vi o quanto eu gaguejei) ocorreu num clima muito agradável, descontraído e eu tive a satisfação de ouvir respostas para todas as minhas perguntas, que são perguntas de todos os nossos colegas corretores.

Com exceção da resposta referente ao comissionamento para vendas acima de 59 anos, que ainda ficou meio confuso para mim, fiquei satisfeito. Com isso, esperamos que o nosso senso crítico continue apurado, mas o boato, definitivamente sepultado.

Corretores, às vendas do produto Unimed Paulistana, sem medo de ser feliz!!!

INVERNO DE 40 GRAUS NA CIA DE VIDAS

1ª CAMPANHA

2ª CAMPANHA

3ª CAMPANHA

PENSAMENTO DO DIA
"Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amor a vida.
A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.
Daria a capacidade de escolher novos rumos, novos caminhos.
Deixaria, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável.
Além do pão, o trabalho.
Além do trabalho, a acão.
Além da ação, o cultivo à amizade.
E, quando tudo mais faltasse, deixaria um segredo:
O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída".

Gandhi

IMAGEM DO DIA

A mais bela de todas

A ENTREGA DE UM PRÊMIO QUE O MUNDO ASSISTIU, MAS QUE NO BRASIL
QUASE NINGUÉM VIU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu ontem à noite, em Paris, o prêmio Félix Houphouët-Boigny concedido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura).

Presidido por Henry Kissinger, ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, o júri premiou Lula “por sua atuação na promoção da paz e da igualdade de direitos”.

Não é um premiozinho qualquer. Entre as 23 personalidades mundiais que receberam o prêmio até hoje - anteriormente nenhum deles brasileiro - , estão Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, Yitzhak Rabin, ex-premiê israelense, Yasser Arafat, ex-presidente da Autoridade Nacional Palestina, e Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos.

Secretário-executivo do prêmio, Alioune Traoré lembrou durante a cerimonia na sede da Unesco que um terço dos vencedores anteriores ganhou depois o Prêmio Nobel da Paz.

Pode-se imaginar no Brasil o trauma que isto causaria a certos setores políticos e da mídia caso o mesmo aconteça com Lula.

Thaoré disse a Lula que, ao receber este prêmio, “o senhor assume novas responsabilidades na história”.

Mas nada disso foi capaz de comover os editores dos dois jornalões paulistas, Folha e Estadão, que simplesmente ignoraram o fato em suas primeiras páginas.

Dos três grandes jornais nacionais, apenas O Globo destacou a entrega do prêmio no alto da capa.

.