quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Corretores, Apertem o Cinto


Para alguns a notícia está morna, mas para muitos ainda está quente, pois somente agora tomarão conhecimento dos bastidores da milionária negociação.

A matéria que este Blog reproduz abaixo é de autoria da jornalista Marianna Aragão, publicada no jornal O Estado de S. Paulo, caderno de Economia, em 14/11/2008.

O fundo de private equity (que compra participações em empresas) norte-americano General Atlantic (GA) adquiriu uma participação de 40% no grupo brasileiro Qualicorp, que atua no setor de corretagem de saúde e de benefícios. O valor da transação, anunciada ontem, é estimado em cerca de US$ 100 milhões, segundo fontes. O objetivo da entrada do novo sócio é acelerar o crescimento da Qualicorp, com o lançamento de novos produtos e serviços.

"Só fechamos com a GA porque se trata de uma empresa com grande conhecimento no segmento em que atuamos", diz o presidente do grupo, Maurício Ceschin. O fundo americano administra US$ 15 bilhões em companhias de 12 países, nas áreas de saúde, consumo, financeira, energia, tecnologia e serviços. No Brasil, no ano passado, comprou 10% do capital da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), por R$ 1 bilhão. Hoje, tem cerca de 5% da BM&FBovespa.

Segundo Ceschin, o acirramento da crise financeira mundial, a partir de outubro, não modificou os termos da contrato, negociado há pelo menos seis meses. "Pelas características do fundo e do nosso mercado, que continua reagindo bem no Brasil, vimos que a oportunidade existia." A única adaptação necessária, segundo ele, foi a do câmbio, que oscilou fortemente entre a data da assinatura do contrato e de seu pagamento.

O perfil de atuação do fundo americano, que permanece de cinco a sete anos na companhia (tempo superior à média de outros fundos de private equity) e dá apoio estratégico para o seu desenvolvimento, permitiu a conclusão da operação, segundo Ceschin. "Queremos avançar em áreas que eles têm conhecimento, e nós não."

O controle da empresa continuará com a Qualicorp. Um dos representantes da GA, o diretor-gerente e titular da área de saúde Jonathan Korngold, terá uma cadeira no conselho de administração. O fundo recebeu assessoria do escritório de advocacia Machado, Meyer para estruturar a operação. A companhia brasileira foi assessorada pelo Citi e pelo escritório de advocacia Mattos Filho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostaria de saber da legalidade de cobrança de clientes inadimplentes no SPC, pois os contratos são claros que na falta de pagamento, a prestação de serviços será suspensa, e após haverá o cancelamento da proposta pela indadimplência. Não se trata do corretor orientar o cliente de nãopagar uma operadora para iniciar na outra, se trata de leitura contratual. Se houvesse base legal, não só a Med Company ou algumas operadoras agiriam assim, mas todas elas. Ou somente as mencionadas quem tem alguma cláusula diferenciada?
gostaria de ser esclarecida nesta questão.

Obrigada